Foi a última obra orquestral de Mendelssohn, iniciado em 1838 e
finalizado em 1845, dois anos antes de morrer. O concerto se consolidou
como uma das peças mais importantes para o repertório de violino, tanto pela
beleza e sofisticação, quanto pelo desafio técnico e sonoro que oferece aos
intérpretes.
Devido a uma doença grave, Mendelssohn não pode
reger seu amigo Ferdinand David na estreia, a 13 de março de 1845, e foi
substituído por Niels W. Gade. A doença também o impossibilitou de assistir à
apresentação, vindo a ouvir seu concerto somente a 03 de outubro de 1847 - um
mês antes de seu falecimento -, executado pelo virtuose Josef Joachim.
O concerto foi
orquestrada para 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetas, 2 fagotes, 2 trompas, 2
trompetes, tímpanos, cordas.
A peça é dividida em três movimentos consecutivos (attacca):
• Allegro molto appassionato in E minor
• Andante in E minor
• Allegretto non troppo – Allegro molto in E minor
O segundo andamento é revestido por um intenso lirismo que muito nos lembra suas Canções sem Palavras, peças para piano cuja força poética reside na expressividade melódica. Outro fator que reforça essa comparação é a forma ternária sob a qual o segundo movimento está estruturado, o que é bem comum no gênero canção.
Outra reminiscência do período clássico se encontra no terceiro e último movimento, o qual se encontra na forma de uma Sonata-Rondó , gênero bastante utilizado durante o período clássico, que encerra a obra com um brilhantismo sonoro proveniente da solista e do Tutti orquestral.
É uma obra de requinte e que serviu de molde para muitos compositores, tanto pelo equilíbrio no controle da forma, quanto pelas inúmeras inovações presentes nas estruturas internas dos movimentos, e também na consolidação da linguagem romântica.
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